O Movimento de empresários "Pelo Futuro do Mobiliário" promoveu esta terça-feira um encontro com a comunicação social, na sede da Associação de Industriais do Centro, em Leiria, para dar a conhecer as suas reivindicações.
Este Movimento, de âmbito nacional, integra sobretudo empresários das regiões de Leiria e Paços de Ferreira, os dois principais pólos da indústria do mobiliário em Portugal, e tem como objectivo principal e subjacente à sua criação, a realização em periodicidade bienal da única feira profissional de mobiliário do país, a EXPORT HOME (que tem lugar em Março, na Exponor).
Para este grupo de empresários, o formato actual da EXPORT HOME acarreta custos desnecessários que no longo prazo podem comprometer a saúde das empresas.
No decorrer do encontro em Leiria foram referidos exemplos de algumas empresas que após a concepção e o desenvolvimento de uma linha de mobiliário para estarem presentes no Certame, com todos os custos inerentes a este processo, e não obtendo nenhum tipo de retorno financeiro com a realização do mesmo, acabaram por encerrar as portas.
De relembrar que os custos inerentes à participação no Certame se situam entre os 100 e os 300 mil euros.
A perda global de visitantes a que se tem vindo a assistir nos últimos anos (na ordem dos 35 por cento), de estrangeiros em particular, e os custos de concepção e desenvolvimento de colecções com um reduzidíssimo ciclo de vida, são apontadas como as principais motivações para a reivindicação da mudança da Feira para bienal.
Em representação das 87 empresas que compõem este movimento estiveram presentes neste encontro Abílio Faria, da Farimóvel, Armando Rocha, da ARC, Carlos Henriques,
da Filipe & Henriques, Fernando Rocha, da NorteInteriores, José Monteiro, da Almipe, Luís Silva, da Estofos Luís Silva.
Este é um Movimento a que se têm vindo a juntar, de dia para dia, mais empresas. José Monteiro, da Almipe, Indústria de Mobiliário, constitui um exemplo da força que este Movimento tem vindo a ganhar. "Apesar de já ter feito a pré-inscrição na edição de 2009 do Certame, não vou comparecer. Temos de olhar para o que se faz além fronteiras, em Milão ou Colónia, onde são lançadas as linhas de 2 em 2 anos", refuta o empresário.
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